sábado, 14 de março de 2015

Repetição

Rastros de sangue no chão
Um coração sangrando
Partido de tanto sofrer
Um amor jogado no lixo
Mas tudo passa
O amanhecer de um novo dia
Traz a esperança de um recomeço
Mas tudo se repete
Como em um ciclo vicioso
Contemplo a história novamente
E outra vez caem lágrimas
Gotas que inundam o que era perfeito
Afogando assim o que parecia ser eterno...

Simbiose

Vivemos numa simbiose sem igual
Apesar de divergentes almas
Almas enuviadas por entre orgulho
Olhando de soslaio o amor
Tendo as pupilas embaçadas
Sem poder contemplar o real
Recordando as decepções passadas
Há tempos confundidos com amor
A paixão é o símbolo da desgraça
A irreflexão do coração
Exonerando as esperanças tolas

E trazendo à tona realidade...

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Um ébrio apaixonado e ferido

Andando cabisbaixo entre vielas e becos sujos meio ébrio, meio boêmio. Desnorteado por natureza com um livro de Álvares de Azevedo rente ao peito e na mente frases desconexas beirando o absurdo.


De fato uma alma romântica atraída especialmente pela segunda geração do romantismo, a que beira à loucura do amor. A era mais real do romantismo, o resto é apenas resto. Bebendo demais e pensando no amor que tive e que já não tenho mais, isso soa feminino nessa geração machista mas eu não me culpo por não pensar como os demais que me chamam de homossexual e me agridem, como se ser homossexual fosse algo tão triste quanto o preconceito, eu apenas queria viver em um mundo diferente, dizem que tenho alma de mulher se o tenho que assim seja, é por elas que morro de amor.

De fato sou um ser isolado e discreto, o amor conheci à pouco e este me ignorou como se ignora um lixo jogado à beira da estrada e pisado.Ela simplesmente disse adeus e foi-se como um ladrão que arromba uma casa e simplesmente vai embora deixando tristeza e perplexidade. Pensei que isso duraria muito mas durou uma fração de tempo suficiente para deixar um grande vazio e uma grande lastima

minha saída é andar como ando, sujo, maltrajado, com meu livro, minha bebida do lado e um pouco do que restou de minha dignidade.Isso soa extremamente sensível mas é como me sinto. Acho que o amor é um sentimento duro, não mais voltar a amar! Eis a meta! Um Ébrio apaixonado e ferido, um alma cansada e tentando ser feliz na estrada tortuosa da vida. Será que um dia verei a face da alegria?

Nas chamas do amor

Nas chamas do amor me queimo,
Nesse ardor insano e profundo,
Insano e incompreendido sentimento,
Jogado por vezes no detrito,
Recolhido e posto em seu nicho natural,
Meu peito é teu nicho eterno,
De lá jamais sairás amor,
Sorvo a fumaça que sai do teu núcleo,
Asfixiada nessa eterna flama,
Adentro o palácio de Afrodite,
Nas chamas desse amor me enlevo.