domingo, 22 de fevereiro de 2015

Um ébrio apaixonado e ferido

Andando cabisbaixo entre vielas e becos sujos meio ébrio, meio boêmio. Desnorteado por natureza com um livro de Álvares de Azevedo rente ao peito e na mente frases desconexas beirando o absurdo.


De fato uma alma romântica atraída especialmente pela segunda geração do romantismo, a que beira à loucura do amor. A era mais real do romantismo, o resto é apenas resto. Bebendo demais e pensando no amor que tive e que já não tenho mais, isso soa feminino nessa geração machista mas eu não me culpo por não pensar como os demais que me chamam de homossexual e me agridem, como se ser homossexual fosse algo tão triste quanto o preconceito, eu apenas queria viver em um mundo diferente, dizem que tenho alma de mulher se o tenho que assim seja, é por elas que morro de amor.

De fato sou um ser isolado e discreto, o amor conheci à pouco e este me ignorou como se ignora um lixo jogado à beira da estrada e pisado.Ela simplesmente disse adeus e foi-se como um ladrão que arromba uma casa e simplesmente vai embora deixando tristeza e perplexidade. Pensei que isso duraria muito mas durou uma fração de tempo suficiente para deixar um grande vazio e uma grande lastima

minha saída é andar como ando, sujo, maltrajado, com meu livro, minha bebida do lado e um pouco do que restou de minha dignidade.Isso soa extremamente sensível mas é como me sinto. Acho que o amor é um sentimento duro, não mais voltar a amar! Eis a meta! Um Ébrio apaixonado e ferido, um alma cansada e tentando ser feliz na estrada tortuosa da vida. Será que um dia verei a face da alegria?

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