terça-feira, 26 de novembro de 2013
Decidida
Mostre-me que sou capaz de ouvir teu silêncio e tua dor,
Nas horas amargas e escuras você é o meu sossego e ternura...
Meu tudo e meu nada, refém dos porquês e vícios,
Viciado em teu querer e desprezo!
Capaz de tocar a tristeza e levá-la longe com sua presença e humor,
És minha bipolaridade e normalidade regulada,
Loucura abandonada, cremada e jogada no mar das dores benevolentes.
Elas vão e se espalham, cinzas do passado nunca morrem,
Estacionam sim, mas morrer não!sempre lá trazendo o que não deveria...
Ah!Ao menos um minuto ao teu lado meu bálsamo, perfumando minha vida,
Deixando minha pele desnuda,
Está frio aqui dentro, e não é no meu quarto!é lá dentro onde repousam os sentimentos e é falta sua.
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Clara Felicidade
Clara felicidade é o que todos querem, mas a tal referida "Clara Felicidade” foi uma jovem que nasceu a priscas eras, feliz?sim!muito feliz até conhecer um jovem chamado Destiniano.
Destiniano quando viu Clara, rapidamente apaixonou-se por suas feições
delicadas e atitudes meigas, simples e ao mesmo tempo fortes.Destiniano
observava há meses que Clara Felicidade colhia flores num bosque bem próximo de
sua casa e um dia não aguentou e manteve contato:
-Como uma flor tão linda colhe uma flor menos linda?-Quem é você?
-Desculpe-me o atrevimento, me chamo Destiniano e não pude deixar de reparar em
sua beleza. Há meses venho observando-a em meio a essas flores e óbvio que tu
és a mais destacada de todas.-Não sei se deverias tratar-me nesses termos,
estando eu noiva de um outro rapaz, rico e muito afamado na região. Qual tua profissão?
Por que andas a perambular em bosques em plena manhã quando deverias estar imbuído
em alguma ocupação útil?-Contemplar tua beleza é a melhor das
ocupações.Destiniano pegou-a pela mão,Clara Felicidade olhou surpresa e
assustada e empurrou Destiniano e perguntou:-Como ousas? Seu atrevido! -Mil perdões
querida,mil perdões!-Até nunca mais! Muito me é difícil deixar essas flores
aqui mas juro nunca mais voltar aqui!-Você irá voltar! , balbuciou Destiniano
ao ver que Clara Felicidade se ia.
Clara lançou um olhar soberbo a Destiniano. Clara casou-se uma semana depois.
Destiniano o soube e ficou sobremodo abatido e acamado,entretanto,resolveu
resolutamente esquecer Clara, embora fosse difícil. Clara se tornou uma espécie
de primeira dama,seguia seu esposo por onde este ia e um dia, numa dessas
viagens, Clara contraiu tuberculose, chamaram-lhe todos os médicos da região e os
mesmos lhe deram poucos meses de vida, ou até semanas! Clara chorou amargamente
ao lado do seu esposo que muito a amava,e falou que nem ainda um filho poderia
o dar! Vida injusta, na flor da idade definhar? Ambos choraram...
Três semanas se passaram, alucinações e tosse reinavam no corpo de
Clara, subitamente ao recobrar a consciência pediu ao seu esposo:-Enterre-me no
bosque! o esposo indagou:-Que bosque? Clara falou:-O bosque do Destiniano!-Que
Destiniano?-O que fica na vila flores, atrás da catedral! -Não irás morrer!
Mesmo se morresse, jamais a enterraria lá,lugar de pobres, mendigos e toda
sorte de andarilhos... -Jura-me honrar meu último pedido?,o marido lançou um
olhar triste e falou: - tens sepulcros de rainha e queres ser sepultada naquele
lugar?-Honra-me! , disseClara. -Tudo bem,dou-te minha palavra! Clara recebe uma
visita inesperada, era Destiniano chorando muito. Claraperguntou:-Como aqui
chegastes?-Não importa como! Apenas vim trazer-te centenas das flores que tanto
amas, minha cara. Rapidamente trouxe as flores e já me vou. Ver teu sorriso me
faz muito feliz... Clara sorriu, segurou a mão de Destiniano e falou:-Quando eu
me for, estarei para sempre naquele bosque. Destiniano olhou triste e falou:
Também estarei lá quando eu partir. Talvez só assim poderemos ficar juntos para
sempre.
O marido de Clara entrou, e pediu que todos saíssem da sala e todos
sairam.Destiniano despediu-se com um olhar e Clara estava com um aspecto mais
feliz.
Clara começou definhar dias depois. Sepultada foi entre as flores. Destiniano
viveu solteiro toda a sua vida e veio a falecer e ser enterrado ao lado de sua
amada.
As flores ainda estão belas lá, o adubo do amor de Destiniano faz as flores
ficarem muito mais lindas. Essa foi a triste história de um amor que poderia
ter sido... Destiniano encontrou sua clara felicidade ao morrer e ser sepultado
ao lado do seu grande e eterno amor.
Procura
Lindo sentimento que cresce,
Revive um coração que esmorece,
Pela dor e desamor padece,
Inclinado a enxergar tristeza,
Onde há beleza,
Enfeiando o que é bonito por natureza,
Seguindo os passos que ninguém trilhou,
Seguindo a luz que em meu coração brilhou,
Sorriso encantado de mim raiou,
No poente deixei minhas lágrimas e rancor,
Suplantei o negativo e coloquei o amor,
Gritei e pedi:Deixe-me dor!
Tento carregar apenas a ternura,
O amor esquecido e a doçura,
Minha eterna procura!
Revive um coração que esmorece,
Pela dor e desamor padece,
Inclinado a enxergar tristeza,
Onde há beleza,
Enfeiando o que é bonito por natureza,
Seguindo os passos que ninguém trilhou,
Seguindo a luz que em meu coração brilhou,
Sorriso encantado de mim raiou,
No poente deixei minhas lágrimas e rancor,
Suplantei o negativo e coloquei o amor,
Gritei e pedi:Deixe-me dor!
Tento carregar apenas a ternura,
O amor esquecido e a doçura,
Minha eterna procura!
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Me abandone
Olhei o tempo e pensei que em alguma era passada alguém o
reparou também,
Eles iludiram você...
Os dias escoam como águas resolutas e pesadas,
Estamos apenas enchendo nossa vida de coisas inúteis?
Reis da razão sempre guiados pela emoção e a dor.
Querendo sempre o papel de destaque mas sempre como
coadjuvante na vida,
E aí vamos empurrados a receptáculos desconhecidos,
Apresentados ao nada e ao tudo.
Rompendo nossas veias, espirrando o sangue de nossas
mentiras,
O glóbulo de nossas máscaras,
Fugindo dos lagares de nossas mágoas e feridas,
Por um momento...
Regurgitando o que abominávamos,
Tecendo a teia de nossas veredas nesse fio tão frágil...
Busco-te entre as florestas da vida e te encontro numa
caverna de Platão,
A escuridão te cerca e recusas a olhar a luz e viver,
Viver realmente e abandonar
escuridão da ignorância e a massa que impera!
Me abandone sendo
comum, antes que eu me abandone...
domingo, 17 de novembro de 2013
Não me julgues
Não me julgues, por que me olhas com esse olhar de
desaprovação?
Meu pecado é amar demais! É pecado a tua vista?
Me julgas porque eu ando a juntar as migalhas da atenção de
um ser adorável,
Como poderia ser adorável se me faz chorar?
É chorando que regarei esse amor,
Será que não percebes que há em meu peito um amor
transbordante?
Rastejar não é tão feio quando desamar e mal amar.
Correr atrás não é tão ridículo quanto o teu orgulho,
Se amo ,quero que o mundo saiba,
Se resoluto ele estiver em não me querer,
Nada posso fazer a não ser insistir, implorar, até que um
dia eu acorde desse sonho de amor feliz...
Melhor viver as emoções boas ou ruins do que nunca sair
dessa mornidão e apatia que a vida de quem me aponta o dedo!
De um abismo ergui a mão para ti e te arranquei de lá,
Estavas todo enlameado e ferido pela vida,
Sim ela fere...
Quando menos esperamos a punhalada e a dor,
Sorriste por um momento e falaste de modo que enrubesci,
Me disse que eu era linda, me afagou e me apresentou a
alegria, embora momentânea...
Por um momento você virou meu tudo,
No outro momento eu abraçava o nada!
A solidão que me fere o peito não é maior que a ferida da
ingratidão...
Tento curar suturando com minhas próprias mãos,
Triste legado!
Apenas como um sonhador vou adentrando o espaço do possível,
O impossível gargalha e me cospe a face,
Volto a realidade e pareço sonâmbula,
Entorpecendo me desse amor/dor, dessa ilusão salvadora,
Me banho nas águas da decepção, me enxugo e me ergo,
Pois a vida continua, assim como há de continuar o meu
amor...
domingo, 10 de novembro de 2013
Ainda haverá chance?
Ardente Sol abraço a Lua,dois astros que se tocam por
segundo.
Isso é impossível, tu dirás a rir...
Você sempre ri de meus exageros e que sorriso!
O teu sorriso é enganador, abre portas e as fecha deixando
quem te ama a gritar fora,
Suplicando: “Deixe-me entrar”!
Devaneios!Apenas devaneios de uma mente entorpecida e cega
de amor.
Poderia um dia esquecê-lo, mas não existe um apagador de
memórias que não seja doença.
Então o levo dentro em mim e estas guardadas num recôndito,
No abismo do meu sentimento,
Sem fundo, estas a cair eternamente,
Te guio sempre ao meu coração,
Por vezes tenho jurado nunca mais te procurar ou ouvir tua
voz,
Em outro segundo estou olhando suas fotos e imaginando você
perto.
Sou uma caçadora de você, Nimrod dos tempos atuais, Nimrod
de você!
Eu sei que é real e que nada pode mudar o que vai dentro d’alma,
Embora julgues poder me fazer esquecer das horas felizes...
Horas essas que me deram ânimo para continuar e forças para
rastejar por muito tempo...
Sou um poço de contradição! Não me leve muito a sério,
Apenas gostaria de gritar para o mundo que ainda te amo,
Se eu grito todos me ouvem, menos você e quando me ouves
finge não ouvir,
Então ouço as lágrimas de meu coração caindo como gotas de
sangue,
Sofridas lágrimas em gotas abundantes, abundam ainda mais o
sentimento.
Ah pudera mais uma vez, apenas mais uma vez ser feliz ao seu
lado...
Ainda haverá chance para nós aqui?
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