sábado, 18 de junho de 2016

Tudo de mim

Dei tudo de mim
Minha própria vida
Meus sonhos
Meus disfarces
Minhas insanidades
Estive sóbria por um tempo
Até que a loucura disse "oi"
E se instalou em mim
Quis viver sua vida
Comer sua carne
Antropofagia de espírito
Hei de comer-te
Engordar da gordura tua
Minha alma se farta de ti
E ri do sangue derramado
Você é meu núcleo
Minha própria vida
Um elo inquebrantável
Tudo e o nada de mim
Olho pra trás e nada vejo
Somente a sombra da desilusão
Essa me acolhe e persegue.



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