domingo, 8 de dezembro de 2013

Luana, a violentada!

Ouço passos escada acima, tudo está escuro, são uma da madrugada,temo ser quem eu não quero que seja, as trancas da porta do meu quarto estão fechadas e há móveis nela para tapar qualquer tentativa de entrada, entretanto, subitamente vejo um vulto em meu quarto, meu coração dispara a mil e antes que eu grite tapa minha boca.Grito abafado mas ninguém ouve, era outra vez Onofre, era meu padrasto que invadia meu quarto e minha privacidade e violentava-me outra vez.Muitas pessoas julgariam, falariam que sou bem grandinha para aceitar isso, uma coisa lhes digo.Você não sabe o que vai por dentro de mim, tentei suicidar-me por três vezes, minha mãe ficou preocupada mas não cavou muito para saber do que se tratava e de toda a dor que carrego por dentro, simplesmente falou: “é coisa de adolescente”, eu simplesmente não tive coragem de dizer, o rosto de Evandro, meu padrasto, é como o de um cão raivoso!
Deixe eu contar um pouco minha história.Me chamo Luana tenho 16 anos e há exatamente 7 anos isso ocorre, uma vez minha mãe estava sentada sozinha cantando uma música que eu nem conheço e eu via seu rosto feliz, quase conto o que estava ocorrendo nesses anos todos, mas eu julguei ver o rosto de Evandro violento em alguma fresta da casa, parece que eu o via em todo lugar, cheguei a revirar a cabeça como uma louca olhando para todos os lados possíveis para ver se Onofre ouvia minha denúncia e julguei ver ser rosto em todos os cantos e parei de pensar quanto mais falar!Só que não dá mais!A noite passada foi a gota d’água, estou juntando algumas peças de roupa e vou embora vagar pelas ruas, tudo menos esses abusos, em algum lugar pousarei, só não sei qual.
Eram 3 horas da manhã Luana juntava suas roupas rapidamente, sentia-se suja e triste, lágrimas caiam no chão, ela soluçava baixinho para não acordar sua mãe e seu dois irmãs menores e outra vez surge Evandro: - Onde pensa que vai minha cadelinha? Sorri maliciosamente, Luana se afasta e fala baixo: - Não me toque, hoje foi a última vez, nem que eu morra não tocarás em mim em vida! –Para onde vai com essa malinha estúpida? Vai virar mendiga? Fique aqui!Se não for eu será outro que irá possuir seu corpo, melhor que seja eu pois sou seu padrasto!Não é bom? Você não gosta?E se você falar sua mãe não vai acreditar e se acreditar não fará nada porque depende de mim financeiramente hahaha bobinha venha cá! Luana olha com olhar de repugnância e é agarrada novamente e tem a boca tapada. Ela tenta de todas as formas se desvencilhar, mas Evandro é bem mais forte, a adolescente esperneia em seus braços, luta ferozmente, até que desmaia, Evandro ao ver a enteada desmaiada foge pela porta dos fundos, Luana permanece semi morta, agonizando.
Evandro pulou do segundo andar e teve uma das pernas quebradas na quebrada. Ás seis horas da manhã a mãe de Luana acorda e canta como de costume prepara o café para os filhos e estranha o fato da filha adolescente ainda não ter se levantado para ir à escola.Vai a porta do quarto de Luana e vê que está aberto porém tudo bagunçado e encontra Luana caída e grita: Socorooooo minha filha está morta, ajude-me!Socorooooooooooo. Os vizinhos ouvem e correm até a casa de Luana e constatam que a jovem ainda está viva mas gravemente ferida, ligam para a ambulância a mãe de Luana, dona Berenice, está inconformada e é consolada por uma vizinha: -Calma, vou te dar água com açúcar, sua filha não está morta apenas ferida, o Samu já vai chegar e vai levá-la e cuidar dela.
A ambulância chega e leva Luana e ao chegar no hospital so médicos cuidam dela, Luana recobra a são consciência e fala aos médicos tudo o que houve.Os médicos fazem os exames e constatam que Luana fora violentada, ligam para a polícia e prontamente a polícia vai atrás de Evandro, a mãe de Luana recebe incrédula a denúncia e chora muito!
-Filha você tem certeza?
-Mãe, são sete anos que aquele monstro abusava de mim.Não falei antes por puro medo, medo dele e de sua reação.

A mãe de Luana chora sem cessar, um misto de raiva e indignação tomam conta dela, ela corre para a delegacia pois encontraram Evandro que está depondo, ele está com as pernas quebradas e sentindo dor.
A mãe de Luana ao ver Evandro o chama de lixo entre outros palavrões.Evandro fala: -Amor isso tudo é invenção da Luana, amor eu jamais faria isso!, Dona Berenice bate forte na face de Evandro e é contida pelos policiais.Evandro foi embora algemado e a mãe de Luana cai desmaiada na delegacia e é amparada.
Essa é um pouco da minha história.Estou traumatizada!Por favor sei que muitos irão me julgar mas não sabem o que eu sofri, espero que Evandro não saia da cadeia tão cedo e que ele nunca mais faça o que fez comigo a ninguém.Muitas outras crianças e adolescentes estão mortas, eu escapei mas é duro lembrar!Machuca e traumatiza!Espero um dia poder esquecer tudo isso, mas é impossível, simplesmente impossível!Se você souber de alguma criança que sofre o que sofri denuncie!

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